Juliano, chamado o Apóstata, embora fosse educado na religião cristã, logo que subiu ao trono do Império Romano (361-363 d.c) resolveu extinguir o Cristianismo. Ordenou que todos os templos cristãos fossem fechados. Pouco depois partiu à frente de seus exércitos para a Pérsia. Parou no caminho, perto da cidade de Antioquia, a fim de esperar suprimentos bem como para exercitar suas tropas.
Certo dia entrou na cidade com um disfarce em roupas de filósofo. Observou que sua ordem de fechar os templos cristãos tinha sido obedecida. Ficou alegre de ver que os templos pagãos dedicados a Mitra estavam cheios de fiéis seguidores de referida deusa.
Numa rua encontrou um amigo de infância que era agora próspero negociante em Antioquia além de ser um cristão genuíno e fervoroso. O Imperador dirigiu a palavra ao seu amigo em tom de zombaria, dizendo:
- “Diga-me, meu caro amigo, onde está o carpinteiro de Nazaré nestes dias. Procurei pelo meu reino, mas não o vejo em parte alguma. Ninguém lhe está pedindo para construir pelo menos um templozinho?”
O negociante cristão olhou bem nos olhos do Imperador Juliano e lhe respondeu neste tom:
- “O carpinteiro
de Nazaré está muito ocupado fazendo um caixão para sepultar o seu Império.”
Juliano, se sentindo poderoso, riu da resposta de seu antigo amigo de infância, porém não ficou rindo por muito tempo.
Um embaixador cristão da Pérsia foi com outros cristãos em missão, para negociar a paz com Juliano, que aceitou o pedido de paz do Império Persa. Ele os convidou para comemorar a paz entre os Impérios em uma festa dedicada a Deusa Diana.
Tendo os persas negado o culto a tal Deusa, pois eram cristãos, Juliano tomado de raiva chamou o cri
stianismo de praga que iria dominar o mundo, e mandou prender os irmãos e torturá-los. Seu intuito era tentar obrigá-los a cultuar deuses pagãos em troca de liberdade, tendo eles resistido a todo tipo de tortura em que eram submetidos.
Por fim Juliano mandou que os amarassem e mandou que pregassem pregos em seus ouvidos, matando-os no ano de 363 d.c.
Em retaliação a tal ato o Império Persa invadiu o Império Romano matando o apóstata Imperador Juliano. Conta-se que, mortalmente ferido e remoendo-se de raiva, lançou contra o céu um punhado de sangue de sua ferida, exclamando: “Venceste, ó Galileu”.
Esta antiga história se repetiu nos tempos atuais na Líbia, país do Norte da África. Ali reinou durante mais de quarenta anos uma espécie de Imperador dos tempos modernos, o polêmico ditador Muammar Kadafi. Durante todo o seu reinado viveu em tendas para não ser localizado pelos seus inúmeros inimigos. Enquanto ele combateu e sufocou as forças dos homens ele se deu muito bem, porém quando ele voltou suas palavras contra os céus o tempo do seu reino foi contado e foi lhe decretado o fim.
O acontecido que vamos citar aqui passou despercebido pela imprensa secular e cristã de todo o mundo. Isto mostra o quanto estamos desatentos aos detalhes de acontecimentos mundiais que indicam o poder e a autoridade do Senhor Jesus Cristo. Como um Imperador Juliano dos tempos finais ele deu uma declaração fatal que lhe custou o seu fim.
Esta pequena declaração está registrada na edição 642 da revista Época de seis de setembro de 2010. Em uma visita a Itália, sua aliada, durante uma entrevista naquele país ele declarou sem cerimônias:
- “A cruz é um símbolo vazio e não quer dizer simplesmente nada.O islã deveria se tornar a religião de toda a Europa.” Kadafi, como o Imperador Juliano, perdeu uma oportunidade de ficar calado, porém avançou o sinal para o lado errado.
Acompanhamos pelos noticiários com fartas informações a queda de seu Reino. Se ficasse somente no seu Reino até que não seria tão trágico, pois ele era um déspota, ou seja, um tirano e opressor de seu próprio povo. Infelizmente sua família foi destroçada e o seu próprio fim foi brutal estando expostas as cenas para todo o mundo.
Ele poderia muito bem ter encerrado a sua péssima carreira com um pouco mais de dignidade. Quando ferido pelo primeiro tiro, quando foi arrastado do esgoto, deveria juntar um pouco de seu sangue e jogar para o ar gritando a plenos pulmões:
- “Venceste, ó Galileu!”
Alguém mais se arrisca a confrontar o carpinteiro de Nazaré?
Autor: Pr. Epaminondas M. Pinho